sexta-feira, 2 de março de 2012

Semana Livros apócrifos

Durante muito tempo, vários livros do Cristianismo
permaneceram na obscuridade. Por apresentarem informações que divergiam da doutrina ortodoxa estabelecida pela igreja,
foram considerados heréticos, e acabaram não sendo incluídos na versão oficial da Bíblia.
Muitos desses livros se perderam no tempo, outros foram destruídos, e é provável ainda que o Vaticano tenha em seu
poder parte dessas obras cujo conteúdo é de extrema importância para que possamos entender o surgimento da religião que
tem hoje o maior número de seguidores no mundo.
Diferente do relato da Criação encontrado no Gênesis, escritos apócrifos contam uma história complexa e fascinante
sobre as coisas que já estavam em existência antes da Criação; e que neste Universo, que surgiu depois, não tem apenas um
céu e um deus, mas muitos céus e deuses numa hierarquia de poderes conflituosos. Esses poderes e autoridades que foram
estabelecidos produziram não somente os humanos, mas também inúmeros outros seres, e raças que se assimilaram à humanidade
há muito tempo atrás.
Há descrições de como a vida se iniciou 'nas águas', e eventos catastróficos de destruição em massa que se sucederam;
como o dilúvio, que ecoa nas tradições de diversos povos antigos; e a conflagração, uma chuva de fogo, asfalto, e enxofre,
lançada sobre a Terra pelos regentes. Poderiam estes acontecimentos terem sido os responsáveis pela extinção e o
desaparecimento dos dinossauros?
Se não fosse pelas evidências materiais que podem ser rastreadas através dos acontecimentos narrados, poderia se dizer
que estes textos são o mais fantástico trabalho de ficção já feito, dada a coerência da história relatada, e a sofisticação
de seus conceitos metafísicos que hoje possuem poucos ou nenhum equivalente.
A sabedoria proibida ressurge
Com a descoberta da Biblioteca de Nag Hammadi, em 1945 no Egito, treze manuscritos antigos contendo mais de cinquenta
textos trouxeram à tona os pensamentos que circulavam nos meios gnósticos do início do Cristianismo e que tanto
preocupavam a igreja.
O que em tempos remotos era um privilégio apenas para os mais avançados estudantes de teosofia, hoje revoluciona nosso
entendimento sobre um dos personagens mais intrigantes de toda a história. Quem foi Jesus? Um louco? Um mensageiro? Ele
realmente existiu?
Um dos evangelhos apócrifos encontrados em Nag Hammadi é o Evangelho de Tomé, e nele encontramos uma versão bem
diferente do Jesus bíblico. Nos escritos, Jesus pouco menciona pecado, se posiciona contra a igreja; acusa os doutores e
cientistas de terem roubado e escondido as chaves da sabedoria, obstruindo o processo de salvação; e diz que não veio ao
mundo para a paz, mas para a guerra.
Tem também uma impressionante reviravolta na lenda de Adão e Eva, a árvore da sabedoria e a queda do Paraíso; a relação
dos deuses com a humanidade; reinos eternos e a descida de seres imortais para a Terra; impérios de deuses e anjos em
outros planetas e seus domínios nos céus do caos. Conteúdos estes que por vezes se assemelham a lendas Sumérias e
Babilônicas, como os tabletes do Enuma Elish,
ou o Épico de Gilgamesh. 
E se são apenas lendas, por que culturas distintas em épocas tão diferentes insistem em contá-las com uma sequência de fatos
e riqueza de detalhes tão extraordinárias?
Se a verdade estiver na sua frente, você seria capaz de reconhecê-la?
Paz Profunda!

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