terça-feira, 2 de agosto de 2011

ANGINA

Firmeza aparente, que esconde as amarguras e os sofrimentos.

Qualquer doença caracterizada por ataques de sufocação é considerada como angina.
Quando esse sintoma for manifesto na região do peito, é chamado de angina pectoris. Nesse caso, os sintomas geralmente são de origem psicossomática, caracterizados por sensação de opressão e intensa constrição no tórax.
Também é apontada como causa orgânica a falta de oxigenação das células do coração, devido à obstrução das artérias coronárias. E desencadeada por esforço físico e estresse emocional. A angina representa uma situação de alerta, pois pode evoluir para lesões cardíacas mais graves, como o infarto.
Os aspectos metafísicos relacionados aos ataques de dores no peito referem-se à rudeza da pessoa ao lidar com situações afetivas. Trata-se de alguém com uma história de vida repleta de grandes sofrimentos.
Em virtude das diversas experiências ruins que vivenciou ao longo de sua trajetória, desenvolveu uma certa frieza e indiferença para tratar de assuntos pertinentes à afetividade.
Adotou uma postura firme e aparentemente inabalável para esconder suas fraquezas e, principalmente, não sofrer mais decepções.
As amarguras do passado refletem nas relações presentes, tornando-o alguém de difícil convivência. Tem medo de se envolver e sofrer novas decepções. Reluta em expressar o que sente ou assumir suas fraquezas e dificuldades. Esse comportamento só prolonga o sofrimento.
Existem também aquelas pessoas que aprenderam que não devem mostrar suas fraquezas; que é necessário ser forte e agüentar tudo com firmeza. A educação que receberam faz com que não se permitam fraquejar. Para esses, abalar-se com as situações difíceis é falta de caráter.
Antigamente os homens eram criados dessa maneira, de forma a não demonstrar seus sentimentos. Chorar, nem pensar. Isso levou muitos a adotar uma postura fria e calculista frente às decepções afetivas ou à perda de um ente querido. Eles reprimem no peito suas dores emocionais, chegando ao ponto de somatizar a angina pectoris.
Vale lembrar que não é negando, nem se protegendo, que resolvemos nossas dificuldades. Abrir-se para a vida e renovar-se a cada instante aprimora a relação com a vida e as pessoas.
Ser forte não é negar as próprias fraquezas, adotando um comportamento seguro.
Forte é aquela pessoa que tem suas limitações e, mesmo assim, não abandona as situações, entregando-se à covardia; ao contrário, encara os desafios com sinceridade presteza

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