quarta-feira, 31 de agosto de 2011

APRENDA A CALAR

Há muita necessidade de silêncio nos dias
atuais...

As pessoas ansiosas por se fazer ouvir, falam cada vez mais
alto, como se isso bastasse para que os outros as escutassem.

Em
restaurantes, shoppings, filas, salas de espera, salões de beleza, aeroportos,
se ouvem os falatórios. E, para aumentar o ruído, em alguns lugares tem um som
ambiente mais alto ainda...

E, quando não se tem alguém para falar, o
celular serve. A pessoa faz uma ligação e se esquece de que está dividindo o
ambiente com outros indivíduos, que não estão interessados no seu
assunto.

É impressionante como as pessoas falam muito, e falam
alto...

Além de ser um grande desrespeito aos ouvidos alheios, essa
gritaria torna impossível um diálogo entre pessoas de voz moderada, nesses
ambientes comuns.

Mas não é só a falta de silêncio exterior que assola
muitas pessoas hoje em dia. É também a falta de silêncio interior.

Poucos
indivíduos ouvem a própria voz e analisam seus pensamentos antes de
exteriorizá-los.

O hábito de meditar antes de expor uma opinião ou um
julgamento, é muito pouco cultivado em nossa sociedade.

E isso tem sido
motivo de desarmonia e intrigas, de mal-entendidos e hostilidades.

Saber
calar, saber ouvir, ser senhor de suas palavras e de seus sentimentos é um
desafio que merece ser pensado.

Talvez, foi por ter percebido essa
necessidade em nosso meio, que um Espírito amigo nos trouxe a seguinte
mensagem:

Aprenda a silenciar a palavra que sai gritada de seus lábios,
ferindo a sensibilidade alheia e lhe deixando à mercê das companhias
inferiores.

Aprenda a calar...

Aprenda a silenciar a palavra
suave, mas cheia de ironia, que sai de sua boca ridicularizando, humilhando a
quem se dirige e que lhe intoxica, provocando a dor de estômago, as náuseas ou a
enxaqueca.

Aprenda a calar...

Aprenda a silenciar o murmúrio que
sai entre dentes, destilando raiva e rancor e atingindo o alvo, que fere como
punhal, ao tempo que lhe fragiliza a ponto de não se reconhecer, de se assustar
consigo mesmo.

Aprenda a calar...

Aprenda a calar o pensamento
cruel que lhe passa na mente e que, por invigilância, nele você se detém mais do
que deveria. Você se assustaria se pudesse ver sua máscara espiritual
distorcida.

Aprenda a calar...

Aprenda a calar o julgamento que
extrapola o que vê e o que sabe, levando-o a conjeturar sobre o outro, o que não
sabe e não viu, plasmando idéias infelizes que são aproveitadas pelos opositores
daquele que é julgado.

Aprenda a calar...

Aprenda a calar todo e
qualquer sentimento indigno, zelando pelas nascentes do seu coração, para que
não macule e não seja maculado.

Aprenda a vigiar os sentimentos para que
cada dia, mais atento e vigilante, saia da esfera mesquinha a que se aprisiona
voluntariamente, e possa alçar voos mais altos e sublimes.

Aprenda a
calar...

E, enquanto não consegue deixar de gritar, falar, murmurar,
pensar cruelmente e julgar, insista em orar nesses momentos. Nem que as frases
lhe pareçam desconexas e vazias de sentimento.

Insista na oração até que,
um dia, orará não com palavras nem pensamentos, mas será sentimento por inteiro,
amor, amor puro e verdadeiro em ação, dinâmico, envolvendo os outros e a si
mesmo, verdadeiro discípulo que conseguirá ser.

Aprenda, definitivamente,
a calar!
Muita paz

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