quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

RAZÕES PARA AMARMOS OS INIMIGOS

Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos...
Os inimigos, queiramos ou não, são filhos de Deus como nós e, consequentemente, nossos irmãos, para quem Deus providenciará recursos e caminhos dentro da mesma bondade com que age em nosso favor.
Temos muito a dever aos amigos pelos estímulos com que nos asseguram êxito na vida,
mas não podemos esquecer que devemos bastante aos nossos inimigos pelas oportunidades que nos proporcionam no sentido de retificarmos os próprios erros.
O adversário é mais propriamente aquele que sulca a nossa alma, à feição do lavrador que cava a terra, a fim de que produzamos na seara do bem.
O amor pelos inimigos dar-nos-á excelentes recursos contra o desajuste circulatório, a neurose, a loucura ou a úlcera gástrica, sempre que estejamos em tarefa no corpo físico.
Orando em benefício dos que nos ferem evitamos maiores perturbações em torno de nós mesmos.
Uma atitude respeitosa para com os adversários nunca nos rouba tempo ao serviço.
Amando os inimigos e entregando-nos sinceramente ao juízo de Deus, com as melhores vibrações de fraternidade, eliminamos noventa por cento dos motivos de aflição e aborrecimento.
Abençoando em silêncio os que nos criticam ou golpeiam, protegemos com mais segurança os interesses do trabalho que a Providência Divina nos concedeu.
A serenidade e o apreço para com os inimigos são os melhores antídotos para que as preocupações com eles não nos destruam.
O amor pelos inimigos não nos rouba a paz da consciência, na hipótese de serem malfeitores confessos, porque, quando Jesus nos diz ide e reconciliai-vos com o adversário, nos ensina a fazer paz em nossas relações, como não é justo privar de tranqüilidade uma criança ou um doente. Mas em trecho algum do Evangelho Jesus nos recomenda cooperar com eles.
A pretexto de exaltar a fé, não podemos fugir do mundo, como se o mundo não fosse a nossa escola de aperfeiçoamento e renovação.

Se o próprio Jesus veio pessoalmente ao mundo convocar os homens que o povoam a cooperar com Ele na construção do Reino de Deus, é que o

Senhor confia nas almas que se 
encontram no mundo, falecendo-nos, assim, qualquer autoridade para 
condenar os que ainda se encontram na vida física, em busca do 
aprimoramento que lhes é necessário.


O Evangelho não improvisa heróis e nem relega aos anjos tarefas que devem estar em nossas mãos.

Retira-se o cristão do mundo para 
consagrar-se ao êxtase adorativo, ao redor do Mestre, seria o 
contra-senso do soldado afastar-se do combate,

mascarando a própria ociosidade com falaciosa lisonja, em torno do general que dirige.

É indispensável saibamos aceitar a nossa posição, dentro do mundo tal qual é:
Se o erro foi o nosso clima de ação até
ontem, aprendamos a suportar, desde agora, as conseqüências da própria 
invigilância, reajustando-nos para a verdade e para o bem.


Se jazíamos cristalizados em 
deploráveis enganos, toleremos as lições amargas que a ignorância nos 
impôs e avancemos, de consciência reerguida, para a luz da própria 
ressurreição espiritual.


Não nos esqueçamos de que todos os vultos veneráveis do apostolado de Jesus sairam do mundo.

Todos os gênios da bondade e da 
abnegação que com Ele plantaram a bandeira do amor universal na Terra 
eram discípulos da experiência humana, diplomados pela bênção divina, no
educandário do Planeta.


E, qual acontecia ontem, a oportunidade de sublimação, hoje, é inalterável.
Vivamos no mundo, melhorando a qualidade de nossa vida dentro dele;
servimo-lo sem apego; recebamos de 
ânimo firme, os ensinamentos que nos reserva, cada dia; e, respirando em
seus caminhos, sem a ele pertencermos, cooperaremos com o Celeste 
Orientador de nossos destinos a edificar para o mundo e com o mundo o 
Bemaventurado e Divino Amanhã.

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